The White Queen
29.3.06
*SAI DA CABEÇA, MÚSICA DO LULU!*
Então, agora é oficial. Dentro de pouco tempo me mudo pra Floripa. Quem REALMENTE não está gostando nada dessa história é um certo gatinho. Não que ela vá ter saudades de mim, ao contrário: já avisei que o Logan VAI COMIGO.
Sim, eu também sei ser má, muito má!
Vão se preparando que vai ter festinha de "bota-fora", olha lá! Tá todo mundo convidado! Quando eu tiver a data e o local, aviso todo mundo por aqui mesmo.
E sim: estou feliz com a futura mudança. Mas o coração também já está brincando de saudades de São Paulo. Fazer o que, a poluição deve vir com algum agente ativo que faz a gente amar essa cidade...
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9.3.06
*MULHERES DO DIA*
Uma das coisas que o Dia das Mulheres sempre nos lembra é que, infelizmente, ainda precisamos de um dia para que a sociedade se lembre de nós. Pra piorar, lembra do jeito errado. As mudanças necessárias para que a nossa sociedade seja menos machista e mais igualitária são muitas e eu nem preciso enumerá-las. Todo mundo sabe, de cor e salteado. Então mão na massa, né gente boa?
De qualquer modo, existem algumas pessoas que merecem ser lembradas, não hoje (muito menos ontem), mas sempre. Eu decidi falar um pouco de algumas pessoas especiais com quem convivo...
A minha irmã é, na minha concepção, um caso perdido. Ela tem diversas qualidades que considero discutíveis e, como é de praxe, eu a acho o fim da picada. Mimada, fútil, irresponsável...
Por outro lado, é uma doida que tem muita determinação quando quer. Casou sem apoio da família, teve seu filho enquanto se separava, recomeçou a vida. E, acreditem, são poucas as vezes em que eu a vejo reclamar da vida. Ela está sempre bem humorada! Nenhum problema dura mais do que 3 minutos. É uma sonhadora que, mesmo sem o fundamental pé no chão para todos nós, reles mortais, consegue realizar um montão de projetos. E é tão palhacenta que você simplesmente não consegue ficar séria ou brava com ela por muito tempo. Pra completar, tem sempre o colo por perto quando você precisa.
A gente passa várias temporadas sem se entender e, claro, “a culpa é toda dela”. Mas eu a amo profundamente e, mesmo abominando algumas das suas características, invejo (positivamente) várias das qualidades que a tornam tão especial e querida onde quer que ela vá. Beijos, mana (viu? Coloquei uma foto daquele seu book constrangedor que você taaanto ama...).
Minha Mamãe nasceu com um superpoder invejável: ela não envelhece nunca. É sério! Se eu chegar na idade dela tão inteirona, poso pra Playboy!
Mamis é a pessoa mais carinhosa e desprendida que eu conheço. Nada é grande demais, difícil demais, se for pra ajudar alguém que ela goste, que precise. Quando inventaram o termo “mãe”, tinham a minha na cabeça. Dizem as lendas que essa guerreira já teve infância, já foi criança... desconfio que não, que já nasceu adotando todo mundo. Não há uma pessoa que a conheça e não lhe seja grata por algo que ela tenha feito exclusivamente por carinho. Mas, e isso é muito importante, ela nunca se esqueceu de quem era, de que tinha uma vida e que ninguém a viveria por ela. E se divertiu (e se diverte) muito, aproveitando o que tem de melhor ao seu alcance. Mãe você é uma inspiração na melhor concepção da palavra.
Quando eu a vi, achei fresquinha. Devo ter deixado isso muito claro, porque em dois segundos ela já estava puxando o meu cabelo com toda a força. A professora decidiu que a culpa era das duas (que absurdo!) e nos mandou pra diretoria. Ficamos trinta minutos esperando para falar com a diretora, uma eternidade. Me lembro de ficar pensando, achando que eu ficaria com aquela peste do meu lado pra sempre. Mal sabia eu que era exatamente isso. Jezebel (os pais souberam MESMO escolher seu nome) realmente nunca mais largou do meu pé – e essa é uma daquelas coisas maravilhosas que você tem que agradecer todos os dias por ter acontecido com você. A Zubi (Zubeba, Zuzulegal, Zezinha, e todos os apelidos idiotas que você puder imaginar) é a minha melhor amiga ever (e isso não dá a real dimensão do quanto essa menina me é querida; nós não fomos irmãs em outra vida, somos irmãs em todas as vidas). Mas eu não amo essa pimenta só por isso! Ela é simplesmente uma mulher de fibra, genialidade e convicção sem par. Durante todos esses anos, além de confidências, papéis de carta, um ou outro namorado (eu perdôo mas não esqueço!) livros, cds e gibis (ela com os da Mônica, eu com meus heróis), nós trocamos um monte de idéias mirabolantes, questionamentos filosóficos, coisas que ajudaram a formar o nosso caráter.
Jezebel, mais do que nunca, a culpa é sua. Se não fosse você, hoje eu não teria uma pessoa tão especial como minha melhor amiga!
A Vitória é a minha prima. Ela é linda, é simpática, divertida, inteligente... e mal saiu das fraldas! A Vitória, se você usar a lógica, não existe! Não pode existir! Sapeca de tudo, ela tem uma consciência e atitude que eu jamais poderia imaginar ter quando estava na idade dela. É algo que dá gosto de ver, mas que até assusta. Onde é que inventaram a Vitória, tia?
Minha tia não podia ter filhos. Uma complicação pra lá de feia atrapalhava a gestação. Os médicos avisaram que uma gravidez poderia por em risco a vida da tia e da criança. Mas a teimosia é uma coisa muito, muito forte no sangue das “Frost”...
Como pede todo final feliz e brega desse tipo de história, a tia optou pela “revolucionária” idéia de chamar a criança de Vitória (sim, clichê total, minha tia devia estar lendo muito Sabrina naquela época). No final das contas, foi um nome bastante acertado, visto que a Vivi passou por mais duas situações de profundo risco de vida durante os anos seguintes. E venceu. E continua vencendo. Se essa menina não emplacar numa agência de modelos, então eu não sei mais o que é beleza e carisma!
Amélia, ah Amélia! Você sim, é mulher de verdade, minha filha!
A Amélia, coitada, trabalha comigo a tempo suficiente pra saber exatamente o que estou pensando só de ouvir a minha RESPIRAÇÃO. Prestativa, paciente, centrada, a Amélia foi pro setor pra ser a nossa secretária. Rapidinho ela virou a “minha-só-minha” secretária e, em seguida, o meu braço direito (literalmente falando durante o período da tendinite, aliás). Ninguém bate a Amélia em competência naquela empresa, pode apostar. Se o pessoal for mesmo inteligente, em pouquíssimo tempo ela vai estar dando ordens lá de cima (e eu vou aplaudir de pé). Quem segura as broncas do departamento, tornando a minha vida um mar de rosas, é a Amélia. Seu bom humor foi a força motriz que tornou a insuportável brincadeira de “olha-lá-as-loirinhas-que-trabalham-juntas-dupla-caipira” (nossos nomes começam com A, pro povo isso é o suficiente... que? Você não achou mesmo que eu me chamava Emma, né?) em algo realmente divertido quando, na festa de fim do ano, subimos ao palco e cantamos algumas de nossas modinhas.
Amélia, quem dera as mulheres de verdade fossem mais parecidas com você!
Gorete Polenz já foi um nome temido pelos corredores da empresa. A mulher é um furacão. Subiu tão rapidamente ao topo e de forma tão merecida que até já apareceu em revista (se não me engano, “Você S.A.”). Enterrou marido, filhos e o pai de uma só vez, num setembro que vai ser difícil de esquecer. Passou por péssimos tempos e renasceu de uma forma ainda mais brilhante. Séria e determinada, é um coração maravilhoso que nem todo mundo teve o prazer de observar. A ela sou grata por uma infinidade de conselhos, apoios e broncas, que me tornaram uma pessoa e uma profissional muito melhor. Acima de tudo, agradeço a ela por provar, dia após dia, hora após hora, que competência, caráter e valor não dependem de sexo, cor, credo ou idade, mas de um compromisso pessoal (e da fidelidade para com ele).
E completo a homenagem mandando beijos muito carinhosos pra minha querida Rosalinda, pras meninas do PéNoTablado, pra Isabelita dos Cafés, pra professora Jussara e para a Dulcinéia.
Não esquecendo da Juliana (que a deusa nos ajude a todas), pra Marla (em seus infindáveis e maravilhosos blogs), da TT (que fechou o blog), da Déli (com quem eu sempre vou poder brigar por causa de quase nada) e todas as demais mulheres bloguentas com quem eu me relaciono.
Não pelo dia das mulheres, mas por sermos mulheres nos dias de hoje (já foi muito mais difícil, hoje estamos caminhando para algo melhor, amanhã vai depender do nosso esforço...).
Ah, mas é claro! Parabéns pra mim também! E, com essa minha foto, espero estar encerrando o período “fotoblog” que tomou de assalto os meus posts!
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