Emma Grace Frost é uma mulher vil,
eternamente com vinte e poucos anos,
leitora de mentes e coração de pedra.
Hedonista por natureza, má por opção.
Notívaga a despeito da própria vontade.
Não acho que seja novidade saber que eu vou votar SIM no referendo. Ele está quase aí e eu, honestamente, estou preocupada com os resultados. O site do SIM listou ótimos motivos para que eu, você, todo mundo vote 2 domingo que vem. Se você vota NÃO, por favor, leia com carinho e atenção. Perceba o que o Estatudo faz, inclusive no tocante aos bandidos. Perceba que não se trata de papo furado, muito menos de seqüestro dos direitos civis. Se você vota SIM, grave esses dados na memória e passe aos seus amigos que estão pensando em votar 1 no dia 23. Mostre para eles que a lei é maior do que se pensa, que os beneficiados seremos todos nós e que ter armas em casa já foi experimentado ao longo de todos estes anos e a violência não diminuiu (muito pelo contrário). Não é preciso discutir, brigar com ninguém. Argumentando com inteligência, mostrando dados, todo cidadão de bem, consciente, vai acabar percebendo qual é a melhor opção, a mais segura!
Principais razões para votar contra o comércio de armas e munição
O Brasil já tem armas demais
Se ter arma fosse sinal de segurança, o Brasil seria um dos países mais seguros do mundo, afinal são cerca de 17,5 milhões de armas em circulação, e 90% delas estão nas mãos de civis! [ISER-Small Arms Survey, 2005].
Armas foram feitas para matar.
Infelizmente, o Brasil além de não estar entre os mais países seguros, é o país do mundo com o maior número de pessoas mortas por armas de fogo. Em 2003 foram 108 mortes por dia, quase 40 mil no ano! [DATASUS, 2003] As mortes por arma de fogo por aqui atingiram os níveis de uma epidemia!
Menos armas, menos mortes
A arma não é a causa, mas é um vetor da violência. No Brasil, 63,9% dos homicídios são cometidos por arma de fogo, enquanto 19,8% são causados por arma branca [Datasus, 2002]. Por quê? Porque armas de fogo matam com eficácia, à distância e sem nenhum risco para o agressor. Diante de uma faca, você corre, grita, chuta. A chance de morrer em uma agressão com arma de fogo é muito maior: de cada 4 feridos nos casos de agressões por arma de fogo, 3 morrem. [Datasus, 2002]. Isso sem falar nas balas perdidas!
Quem reage a um assalto com arma de fogo corre mais risco de morrer.
É um mito considerar que com uma arma o cidadão está mais protegido. Na maioria dos assaltos, mesmo pessoas treinadas não têm tempo de reagir e sacar sua arma. Quando o cidadão reage, ele corre mais risco de se ferir ou ser morto.
Arma não funciona para defesa.
Usar uma arma em legítima defesa só dá certo no cinema. Quem se arma para defender sua família e seu patrimônio, se prepara para arriscar a própria vida se necessário, na esperança de nem precisar usar a arma: bastará uma ameaça ou um tiro para o alto... Mas essas pessoas se esquecem do “fator surpresa”. A iniciativa da ação é do assaltante, que obviamente escolherá o momento propício e a melhor condição para agir. Esse poder de iniciativa concede ao bandido uma esmagadora superioridade frente à vítima, que será surpreendida pelo ataque e não terá tempo de pegar sua arma para se defender. Quem possui uma arma tem a ilusão de estar mais seguro, mas na verdade está pondo em risco a sua vida e a de seus familiares. Proteja a vida!
Arma é risco, não proteção.
As armas em casa se voltam contra a própria família. Os pais guardam armas para defender sua propriedade e seus familiares, mas os próprios filhos acabam por encontrá-las, provocando-se, assim, trágicos acidentes. No Brasil, duas crianças (entre 0 e 14 anos) são feridas por tiros acidentais todos os dias. [Datasus, 2002].
Nossos jovens estão morrendo pelas armas
Arma de fogo é a primeira causa de morte de homens jovens no Brasil! Mata mais que acidentes de trânsito, AIDS ou qualquer outra doença ou causa externa. [DATASUS, 2003]
As mulheres são vítimas sempre
Nas capitais brasileiras, 44% dos homicídios de mulheres são cometidos com arma de fogo [Datasus, 2002]. Dois terços dos casos de violência contra a mulher têm como autor o próprio marido ou companheiro. [Datasenado, 2005]. De acordo com dados do FBI, relativos a 1998, para cada vez que uma mulher usou uma arma em legítima defesa, 101 vezes esta arma foi usada contra ela. As mulheres também são as principais responsáveis pela prestação de cuidados a pessoas feridas com armas de fogo, incluindo apoio psicológico e econômico em famílias e comunidades devastadas pela violência. O número de mulheres que ficam viúvas como conseqüência dessa violência cresce todo ano.
Não existem “armas do bem” e “armas do mal”
Não é tão simples distinguir as “armas do bandido” e as “armas do cidadão de bem”, como estão dizendo. As armas que mais matam no Brasil são brasileiras, principalmente revólveres 38 da fábrica Taurus, e não armas estrangeiras fruto de contrabando. Claro que o bandido não compra arma em loja, mas as armas e munições compradas em lojas depois vão parar nas mãos dos bandidos, através de roubo ou revenda.
Uma arma pode transformar um cidadão de bem em criminoso
Muitos cidadãos que só se armaram para a auto-defesa, um dia perderam a razão e acabaram usando a arma numa situação extrema, transformando o que poderia ser uma simples agressão em um homicídio. Armas de fogo transformam desavenças banais em tragédias irreversíveis. Em São Paulo, segundo a Divisão de Homicídios da Policia Civil [DHPP-SP 2004], o primeiro motivo para homicídios é “vingança” entre pessoas que se conhecem e que não possuem nenhum vínculo com o tráfico de drogas ou outras atividades criminosas.
As armas compradas em loja vão parar nas mãos de bandidos.
Para se ter uma idéia, 80% das armas apreendidas pela policia do Rio de Janeiro (de 1993 a 2003) são armas curtas (revólveres e pistolas) e 76% são brasileiras. A pesquisa mais recente divulgada pelo governo do RJ mostra que das armas usadas em crimes entre 1999 e 2005, 61% pertenciam a “cidadãos de bem” (civis) e foram desviadas para o crime. Só no Estado de São Paulo, segundo a Secretaria de Segurança Pública, entre 1993 e 2000, foram roubadas, furtadas ou perdidas 100.146 armas legais (14.306 por ano). São 40 armas por dia apenas no estado de São Paulo mudando de mãos.
O Estatuto do Desarmamento tem outras leis que desarmam o bandido
A maioria dos artigos do Estatuto do Desarmamento (lei n° 10.826, 22/12/2003) dá meios à polícia para aprimorar o combate ao tráfico ilícito de armas e para desarmar os bandidos. Ele estabelece a integração entre a base de dados da Policia Federal, sobre armas apreendidas, e a do Exército, sobre produção e exportação. Assim é possível saber rapidamente de onde veio a arma apreendida. A implementação do Estatuto em sua totalidade é um dos principais instrumentos de que dispõe hoje a sociedade brasileira para desarmar os bandidos.
O Estatuto também ajuda na repressão ao tráfico de armas
Pela nova lei, todas as munições, além das armas, passam a ser marcadas na fábrica, o que ajudará a elucidar crimes e investigar as fontes do contrabando. Para evitar e reprimir desvios dos arsenais das forças de segurança pública, as munições vendidas para elas vão ser marcadas identificando o comprador. Agora as armas encontradas nas mãos de bandidos podem ser rastreadas e as rotas do tráfico desmontadas. Você sabia que os mesmos políticos que hoje defendem o ‘não’ à proibição do comércio de armas votaram contra este Estatuto que ajuda a desarmar o bandido?
As indústrias de armas e munições lucram com a morte e a violência.
As cerca de 15 milhões de armas de fogo que estão em mãos de civis no Brasil são todas fabricadas por uma indústria que lucra bilhões no mundo, não importa se seus produtos estão sendo usados por bandidos ou se estão guardados nas casas de cidadãos ordeiros. Cada tiro vale dinheiro na conta dos fabricantes de cartuchos. Para eles não faz diferença se a arma está nas mãos do “bem” ou do “mal”.
A proibição do comércio de armas vai ajudar a polícia a fazer seu trabalho
Com a vitória do SIM, conseguir armas vai sair mais caro e mais arriscado, pois além das armas, as munições agora também são marcadas na fábrica para que possam ser rastreadas. Com menos uma fonte de armas para os bandidos, será mais fácil para a polícia fazer seu trabalho e nós, cidadãos de bem, iremos cobrar que o governo e o exército avancem nos acordos internacionais contra o tráfico de armas, além de vigiar melhor as fronteiras e desmontar as quadrilhas de contrabando. A eficiência destas ações depende da nossa pressão. Comprar uma arma e abrir mão da segurança pública PARA TODOS não é solução!
DOMINGO DIA 23 VOTE 2, VOTE SIM!
Ao menos é o que pensa Emma Grace Frost , 23:52 .
Comments:
Pesquisas diárias feitas por telefone em todo o país e que servem para orientar os programas de rádio e de televisão dos dois lados coincidem: o NÃO parou de crecer. E o SIM parou de cair. Aumentou o número de eleitores indecisos quanto à proibição ou à liberação da venda de armas. Os indecisos somam algo como 25% do total de 122 milhões de eleitores aptos a votar no referendo do próximo domingo. Em números redondos, * 8% dizem que ainda não sabem se votarão SIM ou NÃO; * 8% dos eleitores do NÃO admitem mudar o voto; * 8% dos eleitores do SIM também admitem mudar o voto. A vitória do SIM ou do NÃO será decidida nos próximos dias nas conversas de botequins e de dentro de casa. SIM, ainda temos tempo; SIM, está em nossas mãos.
Beijo e tchau!
# posted by Anonymous : 12:16 a.m., October 18, 2005
Se você ler cada bobagem que está saindo no fórum da minha sala na faculdade... ia cair dura!!!!
# posted by Anonymous : 5:05 p.m., October 18, 2005