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The White Queen
*O QUE NÓS PODEMOS FAZER PARA SALVAR O MUNDO?*
Os hipermercados Extra estão promovendo uma campanha com “8 jeitos de mudar o mundo”. Não que eu acredite na boa fé de alguém do porte do Extra, mas os 8 jeitos são até bem simpáticos (isso se você ignorar completamente o fato de que, utópicos como estão, não há nenhuma “instrução” de como botar a coisa toda em prática).
A ironia da brincadeira toda está no fato de que a campanha usa um veículo “inusitado”: vem estampada nos sacos plásticos do hipermercado, aqueles mesmo que a gente usa, invariavelmente, como SACO DE LIXO.
Uma idéia que já nasce falida, uma vez que quase ninguém se preocupa nem em usar os danadinhos para facilitar a coleta seletiva do lixo.
Agora, se por um motivo obscuro você se interessou pela campanha (ou tem tempo sobrando para ler mais um pouco), eis aqui os tais 8 jeitos de mudar o mundo:
1) Acabar com a fome e a miséria (coisa fácil, manja?)
2) Educação básica de qualidade para todos (no meu modo de ver, essa deveria vir em primeiro)
3) Igualdade entre sexos e valorização da mulher (mesmo contendo um leve paradoxo, esse aqui é até bem simples de levar a cabo!)
4) Reduzir a mortalidade infantil (bem poderíamos também reduzir a natalidade infantil, o mundo já anda bem cheio...)
5) Melhorar a saúde das gestantes (ou, PELO MENOS, respeitar os lugares especialmente reservados nos coletivos, né povinho mal educado?)
6) Combater a AIDS, a Malária e outras doenças (o HPV, por exemplo, que quase ninguém lembra e é responsável pelo câncer de colo uterino...)
7) Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente (fácil como o primeiro, né?)
8) Todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento (todo mundo unido para algo importante, não só para ver o time do coração jogando ou para “avaliar”caminhão de sorvete tombado na curva!)
Isso tudo coroado com um alegre “Nós Podemos” no final.
O Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade tem até um site. Se você acha que pode fazer mais do que usar a sacolinha da Extra no lixo do seu banheiro, vá lá .
Ou NEM ISSO: quem quer mesmo fazer alguma coisa não precisa que mercado nenhum venha lembrá-lo do que é, moralmente falando, responsabilidade de cada ser humano.